Por meses se sentiu como se tudo o que vivera antes a tivesse preparado para aquele homem. Aquele único homem... E se deu. Se entregou, se rasgou inteira só para que ele pudesse costurar cada pedaço do jeito que quisesse. Viveu por outra vida, viveu outra vida, viveu.
O amor que ela bebia a largos goles, a paixão que a deixava ébria, tornara-se um gotejar até quase o estio. Ela não queria o fim, mas não sabia como evitá-lo, e negava a todo custo a morte daquilo que se tornara a sua essência.
- E agora? - ela não parava de se perguntar.
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